Adultos mortos por bolos de aniversário!

Recebi mais de uma vez, nos últimos tempos, um e-mail falando do indefectível Dr. Bactéria e suas neuroses selvagens. Entrei em pânico em um primeiro momento, pois poderia ser indiciada pela morte de várias crianças que pudessem vir a frequentar a minha casa. Não vou recordar agora, de todas as precauções higiênicas que o texto fala. Não vou conseguir enumerar todas as barbaridades que a humanidade vem fazendo em termos de porcaria. Estou dizendo isso no doce aconchego do lar. Aí entra o seu lar, o da sua tia Vanda, sua vó Cotinha, seu Zeca vendedor de picolé, a D.Dalva que cuidava do portão da escola, a Cecília da cantina e é claro, o dragão da cozinha, o lar da sua mãe! A gente sabe que a humanidade desumana tem feito muita merda pelo meio ambiente e pelo ambiente por completo, mas dentro de casa? Que nojo! Aí uma passagem em especial me chamou a atenção! Não sopremos mais velinhas, não ensine seu filho a soprar velinhas quando fizer 3 aninhos, jamais ajude seus sobrinhos e afilhados a apagar as velinhas do bolo e aí de ti se soprar as 40 micro velinhas que colocaram sobre o seu! Que nojo, que porcaria, toda sua saliva, todo resto de amálgama, tudo em seu sopro sobre o bolo! E aí: PÂNICO! Crianças mortas pela baba alheia ao comerem o inocente bolinho do Tio Patinhas, das Princesas, do Ben 10, dos Metralhas, de chocolate com leite condensado da vó Noca! Todo mundo se contorcendo no chão cheio de coca-cola derramada! Meu Deus que tragédia! Sim, é isso que diz o e-mail, não sopre velas ou todos morrerão.
Me pergunto: como chegamos até aqui então!? Somos ou não somos prova viva de que aniversários de criança não matam? Acabei de reencontrar dúzias de amigos de infância, que aparecem em fotos de aniversário e PASMEM! Não foi no obituário, foi nas redes sociais. Que alegria, estão vivos, homens e mulheres feitas. Que porra de neurose é essa?
Por favor: vamos ser pais que deixam crianças irem a aniversários, soprarem velas e comerem com as mãos melecadas. Limpem os bicos dos filhos com a própria boca se for a única opção.
O que mata é a ignorância, a dependência química, o sexo sem proteção, a bala perdida, a falta de amor.